Fazer compras nos supermercados da rede Hema é tão simples e rápido quanto pedir uma pizza. Usando o aplicativo de celular montado pela organização, basta encher o seu carrinho e em no máximo meia hora o pedido está preparado e um mensageiro o leva à sua casa. O mesmo acontece com a comida em domicilio.
Assim, não é de estranhar que ruas e estradas estejam tomadas por um enxame de caminhões, caminhonetes e bicicletas elétricas dedicadas à distribuição de todo tipo de produtos. A loucura do envio em domicilio é tal que a última moda é solicitar um cafezinho pelo smartphone. O filão foi aberto pela Luckin Coffee, que procura competir com o Starbucks reduzindo ao mínimo o espaço de seus locais físicos e apostando pela entrega em domicílio. No ano anterior, vendeu oitenta e cinco milhões de cafés para mais de dezesseis milhões de freguêses. Em março, agora contava com 2.370 estabelecimentos — cuja atividade é quase exclusivamente fazer os cafés e entregá-los — e pretende alcançar os 4.500 até o desfecho ano.
Se adquirir, terá superado o Starbucks, que até setembro do ano anterior não oferecia serviço de entrega. O paradigma de negócio destas corporações chinesas gera várias perguntas, já que a maioria está envolta em uma concorrência fratricida que se reflete nos balanços, com avultados números vermelhos. É um acontecimento que afugentou grandes multinacionais, como a Amazon, incapazes de abrirem caminho no campo minado que é o mercado chinês.
Comprar pelo smartphone imediatamente é o tradicional. Sobretudo entre os jovens. Não só em plataformas locais de comércio eletrônico tipo Amazon, como Taobao ou JD, porém em comércios de todo tipo e tamanho. Tampouco é uma transformação exclusiva das cidades enormes, como ocorre frequentemente no ocidente: a rede logística Cainiao, propriedade do Alibaba, prontamente chega a 40.000 localidades. Em 2018, 50 bilhões de pacotes foram despachados pela China, cifra que se espera que cresça para 71 bilhões no ano que vem.
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O Emarketer bem como prevê que em 2020 o comércio eletrônico na China alcance 2,cinco trilhões de dólares, quase um trilhão a mais que a soma do resto do universo. O armazém Yuhua, em Nanquim, é uma das instalações mais modernas da empresa, e o propósito é que dite os caminhos para o resto. “Os custos operacionais pela China, do imobiliário à mão de obra, aumentaram grandemente. Assim só desejamos ser competitivos se incrementarmos a eficiência pela mesma proporção.
Neste porte, a tecnologia é chave”, diz Xue Fanhai, subdiretor das instalações. O armazém Yuhua da Suning emprega quatrocentos pessoas, entretanto é dificultoso vê-las nos 200.000 metros quadrados de sua superfície. Em cada recurso há apenas um ou dois trabalhadores. As excessivo tarefas são tocadas por robôs que sobem e descem e por esteiras automáticas que vão e vêm. “Com esse sistema, que nós mesmos desenvolvemos, cada funcionário administra cerca de 1.Duzentos produtos por hora. Dez vezes mais que com armazéns habituais. E quando a rede 5G entrar em funcionamento esperamos incrementar substancialmente essa cifra”, acrescenta Xue.